Médico, suas contribuições ultrapassaram o teto INSS? Saiba como evitar esse desperdício e regularizar sua contribuição

Contribuir para o INSS é fundamental e em alguns casos obrigatório para garantir benefícios futuros, como aposentadoria e auxílio-doença. Mas pagar além do necessário? Aí já é prejuízo. Muitos profissionais da saúde, especialmente médicos com múltiplos vínculos, enfrentam esse problema todos os meses, muitas vezes sem perceber.

Vamos explicar por que isso acontece, como evitar e o que fazer se você já pagou a mais.

Por que tantos médicos pagam INSS além do necessário?

A resposta está na rotina de trabalho da maioria dos profissionais da saúde. Médicos costumam ter vários vínculos ativos:

  • Contrato CLT com hospitais
  • Plantões avulsos
  • Atendimentos como autônomo/ convênios
  • Consultório próprio via PJ

Cada uma dessas fontes de renda faz pagamentos ao profissional e, somadas essas remunerações, muitas vezes ultrapassam o teto do INSS, que em 2025 está em R$ 8.157,41.

O problema é que tudo o que ultrapassa esse valor não aumenta seu benefício futuro. Ou seja, o desconto vira despesa desnecessária, afetando diretamente o seu caixa.

Como evitar o excesso de contribuição ao INSS?

É possível organizar a rotina de forma legal e estratégica para não pagar além do limite. Veja algumas ações práticas:

  1. Faça a Declaração de Múltiplos Vínculos
    Se você tem um vínculo CLT e atinge o teto do INSS naquele contrato, pode informar os demais empregadores (hospitais ou clínicas) para suspender os descontos. Essa declaração deve ser entregue ao RH e atualizada sempre que os vínculos mudarem.
  2. Organize o pró-labore da sua empresa (PJ)
    Se você atua como pessoa jurídica, defina um valor de pró-labore abaixo do teto. Separe corretamente o pró-labore (tributado) da distribuição de lucros (isenta, desde que com escrituração contábil). Isso evita que a contribuição ultrapasse o necessário.
  3. Acompanhe os seus comprovantes mensalmente
    Controle seus holerites, recibos de plantões e notas fiscais emitidas. Tenha uma visão clara de quanto já foi recolhido mês a mês para saber quando o teto foi atingido.
  4. Concentre sua contribuição onde faz mais sentido
    Em vez de pulverizar descontos em vários vínculos, priorize o vínculo principal. Assim, você garante o recolhimento necessário, sem excedentes.
  5. Lembre-se: cada vínculo pode ter uma alíquota diferente, como 11% ou 20%. O que deve ser controlado é a remuneração, que não pode ultrapassar R$ 1.157,41 tributados.

E se eu já paguei INSS além do limite?

Se você já percebeu que houve contribuição indevida, é possível solicitar restituição ou compensação administrativa junto à Receita Federal.

Para isso, é necessário reunir uma série de documentos que comprovem os valores pagos a mais, como:

  • Holerites do ano
  • Recibos de plantões
  • Pró-labore da PJ
  • RPA (Recibo de pagamento de autônomo) 
  • Extrato do CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais)

Esse processo exige atenção aos detalhes: períodos, valores, tipo de vínculo e documentos que comprovem os recolhimentos. Contar com um contador que conheça a rotina médica faz toda a diferença.

Checklist rápido: revise sua situação

✔ Holerites do ano
✔ Recibos de plantões
✔ Pró-labore da sua PJ
✔ RPA (Recibo de pagamento de autônomo) 

✔ Extrato CNIS atualizado

Se você não tem certeza de como fazer isso sozinho, não se preocupe: a MB Contabilidade tem experiência com profissionais da saúde e pode te ajudar em todas as etapas, da organização preventiva até a recuperação de valores pagos a mais.

Contribuir é essencial. Pagar além do necessário, não.

Fale com a MB Contabilidade e regularize sua situação de forma segura, econômica e estratégica!

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